A Raça
A Raça Rottweiler tornou-se mundialmente um sinônimo de Lealdade, Confiabilidade e Versatilidade desde os tempos mais remotos. Pode ser usado como cão de Serviço, Proteção, Pastoreio, Tração, Busca, Salvamento e Cão de Terapia Médica. A extensão do uso da raça é muito maior do que se imagina atualmente.
O crédito por esta tão variada gama de usos vem da grande discilpina e boa vontade da Raça, aliada aos esforços dos verdadeiros criadores.
Conheça mais sobre a Raça abaixo:
História
Inúmeras hipóteses foram levantadas para orientar a pesquisa da informação documentada que comprovasse a existência de um cão com características semelhantes as do Rottweiler como nós o conhecemos nos dias de hoje.
A mais razoável semelhança foi constatada em um cão, descrito por fontes altamente credenciadas, do tipo Mastiff de grande inteligência e confiabilidade, rude, com um forte instinto de guarda, ávido de trabalho e que desempenhava a função de boiadeiro de tribos indígenas da antiga Roma.
Quanto a transição deste antigo molosso para o Rottweiler de hoje, a hipótese que mais se aproxima a uma seqüência natural seria a das expedições de conquista quando, as tropas Romanas, sabidamente numerosas, necessitavam transpor grandes distâncias. Ao cão, esse referido molosso do tipo Mastiff, caberia a tarefa de conduzir o gado que iria servir de alimento para os soldados. Nessa ocasião também ter-se-ia descoberto as qualidades de guarda, pois a eles era acumulada a tarefa de vigiar os suprimentos durante a noite.
A impressão que temos é que esse boiadeiro romano somente foi utilizado nas expedições de travessia dos Alpes, numa campanha que teve lugar aproximadamente em 74 D. C. e que terminou em um local que foi chamado ARAE FLAVIAE e que corresponde a uma região do sul da Alemanha ás margens do Rio Neckar.
Cerca de 260 D. C. os Swabianos desalojaram os Romanos da ARAE FLAVIAE tomando a cidade agrícola e o comércio do gado que restou. Estas foram as primeiras ocupações dos Swabianos o que assegurou a continuidade da utilização desse cão boiadeiro.
Descobriu-se, também, antecessores do Rottweiler nos séculos III e IV como companheiro e protetor do homem. Tendo sido utilizado pelos Romanos para acompanhar rebanhos de ovelhas através dos Alpes reforça a hipótese que tenham chegado ao agora estado de Wurttemberg. Acredita-se, também, que no trajeto pelos Alpes Suíços tenha deixado parentesco no cão Suíço APPENZELER SENNENHUND. Na Renania e Westfalen, ainda hoje, encontramos Rottweilers com marcações em branco nas patas e no peito como os Sennenhund.
Recentemente em escavações foram encontradas telhas em terracota vermelha típicas das antigas vilas romanas. Para diferenciar de outras cidades os arqueólogos denominaram o local de Das Rote Wil (A Telha Vermelha), denominação essa que é reconhecida como sendo a origem da atual Rottweil.
A cidade de Rottweil no estado de Wurttemberg, outrora um centro de criação bovina ao sul da Alemanha era o local onde o Metzgerhund (cão de açougueiro), como era conhecido, aparecia freqüentemente.
A hegemonia de Rottweil como um centro de cultura e comércio consolidou-se em meados do século XII de onde vieram sua fama e riqueza. Uma cidade nova, toda elaborada com fortificações, foi construída no alto acima do rio. Assim a segurança atraiu e desenvolveu o comércio de gado. Evidentemente mais cães foram necessários para conduzir o gado até o mercado e reconduzi-los de volta. Os descendentes dos cães pastores romanos trabalharam no auxílio desse comércio ininterruptamente até meados do século XIX em cuja época, conduzir gado era fora da lei. Nessa época as tarefas do Metzgerhund mudaram para cão de tração, assim, o ancestral do Rottweiler foi utilizado como cão de tração. Mas, eis que o jumento e as rodovias substituíram o cão de carroça.
Esses cães pertenciam a classes trabalhadoras. O problema era alimentá-los. O Metzgerhund teve duras épocas. Era grande demais para ser usado como cão de companhia. Sua função tinha sido severamente reduzida. Nessa época era conhecido como cão de açougueiro de Rottweil, mais tarde, abreviando, foi chamado o cão de Rottweií, como é conhecido hoje. Em alemão: Rottweiler.
Sua utilização estendeu-se até o início do século XX, época da qual já existem algumas fotografias.
O número de Rottweilers (Metzgerhund) declinou tão radicalmente que em 1892 a exposição de HEILBRONN na Alemanha registrou um pobre exemplo da criação presente. Os anais da cinologia não fazem nenhuma referência da criação até 1901, quando foi formado o LEONBERGER KLUB que teve uma vida curta, mas notável, porque pela primeira vez foi descrito o Rottweiler em forma de padrão de raça.
Nessa época foram iniciados os primeiros movimentos para a utilização de cães para o serviço policial. Graças as qualidades físicas e sua inteligência, as atenções voltaram-se para o Rottweiler. Seu caráter firme e temperamento forte tornavam-no o mais confiável parceiro para o trabalho. Sua coragem frente ao perigo fazia dele o cão ideal para tarefas policiais.
A 13 de janeiro de 1907 foi fundado o Deutsche Rottweiler Klub (DRK) em Heidelberg. O rápido reconhecimento da raça como cão de polícia fez surgir o clube de cães de Polícia de Hamburgo e em 1910 o Deutscher Polizeihund Klub reconheceu os dois primeiros cães MAX VON DER STRAHLEN-BERG e FLOCK VON HAMBURG.
O DRK filiou-se a essa associação. Em 1914 a Polícia de Munique foi registrada no Zuchtbuch como proprietária de canil da raça Rottweiler. Também nessa época, em Munique, foi criada a Polizei-Hund Schule, escola de cães policiais.
Três meses após a fundação do DRK, a expulsão de um membro do quadro social ocasionou uma forte cisão dentro do clube, que culminou com a fundação do INTERNATIONALEN ROTTWEILER KLUB (IRK), em Heidelberg a 26 de Abril de 1907.
Mais tarde, pouco a pouco, percebeu-se que as divergências de ordem pessoal não poderiam ter lugar devido à importância do desenvolvimento da raça e somente a unificação dos dois clubes e a união das forças de todos os aficcionados poderia trazer benefícios.
Até que, a 3 de Julho de 1921, iniciaram-se as negociações para a fusão dos dois clubes, que foi ratificada em Assembléia Geral em Wurzberg a 14 de Agosto de 1921 quando foi fundado o Algemeiner Deutscher Rottweiler Klub e.V. (ADRK).
Quando iniciaram-se as pesquisas para publicar o Zuchtbuch, verificou-se que enquanto o DRK publicara somente um volume do seu Zuchtbuch contendo 286 machos e 214 fêmeas, o IRK havia publicado dois volumes com 2340 registros que incluíam também a maioria dos registros do DRK.
Verificaram também que, basicamente, as tendências quanto ao fenótipo eram divergentes. Enquanto a busca do IRK voltava-se para as qualidades de trabalho, o grupo do DRK tinha como objetivo principal fixar o tipo e estudar um padrão para raça para numa segunda etapa selecionar as qualidades e habilidades para o trabalho.
Assim, enquanto os Rottweilers do IRK eram mais pesados e rudes os Rottweilers do DRK ainda tinham a cabeça mais estreita com proporção crânio-focinho 1:1.
Finalmente, após um exaustivo trabalho em conjunto, em 1924 as confusões terminaram quando o ADRK publicou o 1º Zuchtbuch (Stud Book) da raça.
Assim, unidos e, a despeito das dificuldades, o ADRK atravessou intacto a 2ª Grande Guerra Mundial e, através da sua brilhante liderança, propôs adequados programas de criação em toda a Alemanha e circunvizinhanças.
Displasia
A displasia é uma má formação nas articulações, na maioria das vezes, nas coxofemorais (ligação entre a bacia e os membros traseiros). É mais comum em cães de grande porte e de crescimento rápido, embora possa acontecer em todas as raças. Acontece em machos e fêmeas na mesma freqüência, e pode afetar uma ou as duas articulações (geralmente atinge as duas).
Nós do Canil Serras Rott temos controle total de Displasia, todos nossos animais são examinados em uma Clínica Especializada, onde é realizada a radiografia coxofemoral. Os animais que importamos de outros países já possuem o laudo certificando o bom estado do animal, mesmo asim fazemos a contra prova no Brasil, assim garantimos 100% a qualidade do animal e de seus filhos.
ENTENDA MAIS SOBRE A DISPLASIA:
Transmissão: A doença é transmitida geneticamente, é recessiva e poligênica (determinada por mais de um par de genes). É também muito influída por fatores de manejo e do meio ambiente.
Sintomas: Dores e dificuldade na locomoção; um andar imperfeito, que afeta sua resistência; atrofia muscular; e finalmente, crepitação (estalos) ao exame clínico da articulação. Pode precisar de operação em casos mais graves, ou, na pior das hipóteses, exige o sacrifício do cão. Alguns cães precisam usar rodinhas no lugar das pernas traseiras, para conseguirem se locomover. O diagnóstico definitivo só é possível com o auxílio de Raio X, a partir de 12 meses de idade.
CATEGORIAS DE DISPLASIA COXOFEMORAL:
HD - (Categoria A): animal sem displasia
HD /- (Categoria B): articulação quase normal
HD (Categoria C): displasia leve
HD (Categoria D): displasia moderada
HD (Categoria E): displasia severa
Algumas pessoas têm cães com diferentes graus de displasia mas nem sabem disso. Às vezes, acham "impossível" que o problema esteja acontecendo com seus cães, pois eles podem correr, pular e se movimentar com facilidade. Por isso, para que o problema não se espalhe, é preciso que todos façam o exame de displasia em seu cão.
PREVENÇÃO: Primeiramente, é preciso impedir os cães que são portadores da displasia moderada e severa de se reproduzirem, dando sempre prioridade aos isentos da doença. Na compra do filhote, exigir o laudo de displasia do pai e da mãe. Um dos dois deve ser isento da doença, e o outro pode ter até a displasia leve. Isso dará maior segurança, e a chance de comprar um filhote displásico será menor, mas não nula. É recomendado a todos os donos das raças propícias à doença que façam o teste no seu cão, para, na hora da reprodução, saber o que está fazendo.
Existem alguns cuidados que ajudam a minimizar a displasia no seu cão:
1. Não dar comida à vontade ao filhote, pois isso acelera o crescimento, facilitando o aparecimento da doença;
2. Evitar a obesidade;
3. Evitar exercícios muito precoces ou forçados, Evitar pisos muito lisos;
4. Quando a cadela tiver filhotes, colocá-los em uma superfície levemente rugosa, para que os filhotes não escorreguem e se locomovam firmemente. Porém, o piso não deve ser tão áspero que chegue a machucar os filhotes;
5. A partir da idade de 3 meses de idade, são aconselháveis exercícios moderados (natação, caminhadas leves), com o objetivo de fortalecer a musculatura pélvica (única estrutura de tecidos moles que ajuda a manutenção das articulações e que pode se tornar mais forte, ser aumentada).